quinta-feira, 18 de março de 2010

Hoje é o aniversário dele!

Era uma sexta-feira de sol no Rio de Janeiro e a ecocardiotocografia me dizia que o bebê não poderia nascer pelas vias normais. As lágrimas vieram de imediato, telefonei para a médica e no fim da tarde fui para o hospital. Não senti as dores do parto, apenas uma contração mais forte e um sorriso amarelo para a fotografia. O que doeu mesmo foi a anestesia, aquela na base da coluna e que fez pouco efeito em mim. Uma dose extra de sedativo na veia e o rostinho dele apareceu-me enevoado, ao lado do meu rosto, ao mesmo tempo em que a voz do pai me dizia para beijá-lo e no meu ouvido ecoava um choro forte. Eram 22h10m. Há 27 anos atrás.

As lembranças são muitas e este espaço é insuficiente (até mesmo impróprio). Os olhos azuis do bebê transformaram-se em azul-cinza-verde. O menino cresceu homem. A recordação que pulsa forte, dentre inúmeras outras, é uma frase, dita na linguagem juvenil, num momento difícil: tamu junto, mãe.   

O 18 de março é sempre ensolarado. É o aniversário do meu B! A quem desejo o que há de melhor, a quem dedico uma imensidão de afetos para toda a eternidade e um dia, tanto nos meus momentos de fada, quanto naqueles em que sou a bruxa. 



O dia é seu, urso valente, aproveite-o bem e tenha um feliz aniversário

Um beijo no coração.

terça-feira, 16 de março de 2010

Parabéns, Natty!






Ela é criativa, generosa e muito bonita.
Uma querida que merece um dia especial, com muitas alegrias, junto da família e dos amigos.
Saúde, Natty! E que venham muitos dias como este.
Um super beijo a atravessar o Atlântico.

segunda-feira, 8 de março de 2010

100 anos de luta!

Do movimento pelos direitos da mulher. Antes disso, guerreiras célebres e anônimas abriram o caminho. Cito apenas duas: Joana D'Arc e Sóror Juana Inés de La Cruz.

Particularmente me incomoda esse dia internacional das mulheres; historicamente, porém, tem o seu valor.
E somos mesmo guerreiras! A batalha mal começou.
Beijinhos a todas.

segunda-feira, 1 de março de 2010

E fevereiro foi....

Para mim, um mês preguiçoso e de pouca conversa. Com umas pitadas de tristeza e frustração. Apesar do sol intenso e das idas à hidroginástica, meu local preferido e reconfortante. Apesar, não. O sol e a hidro foram as boas coisas do mês. E o almoço com minha amiga Nilma Lacerda. Longo, afetuoso e com presentinhos. A frustração deveu-se ao projeto ao qual dediquei longas horas de leitura e escrita, até mesmo durante o feriado de carnaval, e que por motivos da vontade alheia não se concretizou. Ainda assim deu pra fazer uma limonada. Ou seja, voltei a ler!!! Nos últimos dois anos a leitura (aquela longa, mais reflexiva) ausentou-se das minhas atividades, era difícil manter a concentração, às vezes era preciso reler duas, três vezes o mesmo parágrafo. A leitora está de volta, talvez por isso mais caladinha e... com o pensamento mais ágil, ideias borbulhando. Os blogs amigos foram visitados, porém poucos comentários deixados. Aderi ao farmville, aquela construção quase coletiva da fazenda (quinta, sítio, o nome que quiserem dar), uma quase solidariedade genuína. Digo quase porque se trata de um jogo, né? Com todas as implicações... Bem, a ilusão é confortável e divertida. E adoro minhas vizinhas e vizinhos.

Fevereiro foi mês também de ida às consultas. Ao oncologista, ao ginecologista-cirurgião. Este me sugeriu uma plástica na barriguinha. Fora de cogitação, por ora. Alguns linfonodos estão aumentados na pelve, mas sob vigilância. A última a ser visitada foi a psicóloga. Segundo ela, estou um pouco carente, mas de acordo com todos estou BEM. Os exames atestam isso. E é o assunto mais relevante do mês. (Pelo menos para mim, é claro!)

Queria falar ainda que fevereiro foi do Grande Irmão. Lembram-se do livro 1984, do George Orwell? Pois é, veio à minha memória em vista dos fatos envolvendo dois jogadores, o do golfe e o do futebol inglês. A questão não é a infidelidade. O que me irritou foi a relevância dada ao fato, a exposição/invasão da privacidade (com a anuência dos envolvidos) e mais do que tudo o pedido de perdão do golfista. Hipocrisia sórdida de todas as partes implicadas. O capital continua exercendo o controle e as pessoas se submetendo a ele. Os meios de comunicação, superficiais, vazios. Essa nossa sociedade está cada vez mais nojenta.

Lá fora, a chuva baixa os termômetros de 36º (a média dos últimos dias) para 21º. O céu, before de rain (ah, esse é o título de um filme maravilhoso), tonalizava-se de outono. Março será bem melhor. Para todos nós.

Minha solidariedade para o Haiti (espero que não seja obrigado a pagar pela ajuda humanitária - aí deixa de ser ajuda humanitária), a Madeira, o Chile. Aos sobreviventes das chuvas aqui no Brasil e a todos os que sofrem neste momento por alguma razão. 

Afeto e gratidão para os que ainda passam por aqui.