Para mim, um mês preguiçoso e de pouca conversa. Com umas pitadas de tristeza e frustração. Apesar do sol intenso e das idas à hidroginástica, meu local preferido e reconfortante. Apesar, não. O sol e a hidro foram as boas coisas do mês. E o almoço com minha amiga Nilma Lacerda. Longo, afetuoso e com presentinhos. A frustração deveu-se ao projeto ao qual dediquei longas horas de leitura e escrita, até mesmo durante o feriado de carnaval, e que por motivos da vontade alheia não se concretizou. Ainda assim deu pra fazer uma limonada. Ou seja, voltei a ler!!! Nos últimos dois anos a leitura (aquela longa, mais reflexiva) ausentou-se das minhas atividades, era difícil manter a concentração, às vezes era preciso reler duas, três vezes o mesmo parágrafo. A leitora está de volta, talvez por isso mais caladinha e... com o pensamento mais ágil, ideias borbulhando. Os blogs amigos foram visitados, porém poucos comentários deixados. Aderi ao farmville, aquela construção quase coletiva da fazenda (quinta, sítio, o nome que quiserem dar), uma quase solidariedade genuína. Digo quase porque se trata de um jogo, né? Com todas as implicações... Bem, a ilusão é confortável e divertida. E adoro minhas vizinhas e vizinhos.
Fevereiro foi mês também de ida às consultas. Ao oncologista, ao ginecologista-cirurgião. Este me sugeriu uma plástica na barriguinha. Fora de cogitação, por ora. Alguns linfonodos estão aumentados na pelve, mas sob vigilância. A última a ser visitada foi a psicóloga. Segundo ela, estou um pouco carente, mas de acordo com todos estou BEM. Os exames atestam isso. E é o assunto mais relevante do mês. (Pelo menos para mim, é claro!)
Queria falar ainda que fevereiro foi do Grande Irmão. Lembram-se do livro 1984, do George Orwell? Pois é, veio à minha memória em vista dos fatos envolvendo dois jogadores, o do golfe e o do futebol inglês. A questão não é a infidelidade. O que me irritou foi a relevância dada ao fato, a exposição/invasão da privacidade (com a anuência dos envolvidos) e mais do que tudo o pedido de perdão do golfista. Hipocrisia sórdida de todas as partes implicadas. O capital continua exercendo o controle e as pessoas se submetendo a ele. Os meios de comunicação, superficiais, vazios. Essa nossa sociedade está cada vez mais nojenta.
Lá fora, a chuva baixa os termômetros de 36º (a média dos últimos dias) para 21º. O céu, before de rain (ah, esse é o título de um filme maravilhoso), tonalizava-se de outono. Março será bem melhor. Para todos nós.
Minha solidariedade para o Haiti (espero que não seja obrigado a pagar pela ajuda humanitária - aí deixa de ser ajuda humanitária), a Madeira, o Chile. Aos sobreviventes das chuvas aqui no Brasil e a todos os que sofrem neste momento por alguma razão.
Afeto e gratidão para os que ainda passam por aqui.