sexta-feira, 9 de maio de 2008

Língua presa


Há dias assim, as palavras dançam, num rebuliço de vôo;
em outros, deixam-se ficar embaralhadas, num silêncio de névoa.
Há dias em que as palavras se fazem fúria de vento.
Hoje elas muralham na garganta, em olhos de mar.

2 comentários:

Anônimo disse...

May,
essas palavras que muralham na garganta (podiam marulhar, em conformidade com o mar), são um daqueles ótimos achados que João Cabral
aponta em "Catar Feijão".
Abraço apertado, e pedido para a contínua sensibilidade,
Nilma

May Alek disse...

Nilma,
obrigada por seu carinho, por sua generosidade de há muito tempo.
Um grande beijo.